sábado, 22 de junho de 2013

Photos and words





Photos and words










Sei a espera. Conheço-a como a palma das minhas mãos. Está entranhada em mim como carne em sangue e chamas. Sou noite negra de véu estrelar. Anjo vingador crivado de setas. Sei a espera. Sinto a sua aspereza percorrer-me o corpo, ferindo-me e gozando do meu lamento. O dia nunca mais chega, a vida nunca mais começa. Fico aqui: no limbo do ser, na orla do desconhecido, esperando e desesperando, ouvindo o ardor de outros seres assumidamente felizes, naturalmente ingénuos. Não há felicidade que me alcance, não há querer que me falte. Amaldiçoada alma, sem luz nem brilho que procura algo, nem que seja o inferno dos tormentos, pois só assim poderá saber se vive, se o pulsar que sente em seu peito é de alguma forma real. Sentir lenta e desesperadamente, numa contradição dos sentidos, que revira as conceções do universo, que alimenta os limites num sussurro morno e quebrado de quem já não sabe o que fazer. Sei a espera. Espero. Porque não sei mais nada.



foto de Antonio Costa
texto de Susana Costa

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Photos and words






                PALAVRAS SOLTAS












Esperei que o tempo curasse;
Que a ferida fechasse,
A dor apagasse
E a vida seguisse.
Esperei;
Sentei-me impávida,
No banco dos derrotados,
Perto de uma estrada sem rumo,
Onde fiquei abandonada.
A solidão não nos dá asas;
Não nos arranca o passado da pele.
O tempo não varre memórias,
A tempestade continua
E eu não me quero abrigar.
Tento não pensar
Esforço-me por não querer.
Sou só vontades, sonhos desfeitos,
Num sopro esquecido pelo vento.
Quando me devo levantar?
Acho que já nem sei caminhar,
Enfrentar o horizonte,
Como um dia o fizemos: juntos.
Não sei falar sem que ninguém me ouça,
Fingir ser um todo
Quando fico-me apenas pela metade.
Aquela que um dia foi tua.


foto de Antonio Costa
palavras/words .Susana Costa

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Photos and words..

       
         
             Fotos e palavras
















Sabe-me a sal a saudade da tua pele,
Cheira-me a felicidade o odor da tua alma.
A fragância embriagante de um beijo ainda por dar.
A doce distância de um iminente toque de mãos.
Sobre eles impõe-se a necessidade, o fogo, o desejo.
O abraço não dado queima de vontade: viva, sôfrega.
O momento passa despercebido e morre sem ser notado.
Aquele momento, aquele (quase) beijo, abraço não tocado.
Volta dia, impede a solidão da noite, interrompe o destino e
Regressa àquele momento, ilude-me apenas mais uma vez.




           by  susana costa

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Horses in the countryside













Neste conjunto de imagens,tento mostrar a beleza,elegancia,serenidade
destes belos animais,.Assim como pequenos pormenores da sua anatomia
 como o olhar,que transparece inteligencia e profundidade,como se de humano
 se tratasse.Doceis e amigaveis,sempre se aproximam com curiosidade
 e sem medo,salvo as femeas quando acompanhadas pelas crias;por instinto
de proteção dos pequenos e adoraveis potros.Todos estes cavalos são de cativeiro
,embora vivam em grandes espaços.Navarra,Oiartzun,Montepellier e Lagacilly,
em Espanha e França erespetivamente foram os locais onde captei estas
imagens,que me proporcionaram momentos de tranquilidade e comunhaõ
com a saudavel  vida campestre.

Obrigado
Thanks
Antonio Costa
















































































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